terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Corpo de Fuzileiros




Ao Corpo de Fuzileiros incumbe promover o aprontamento, o apoio logístico e administrativo das forças, unidades e meios operacionais que lhe estejam atribuídos e assegurar as acções de formação de pessoal que lhe sejam cometidas integrando duas grandes Unidades, a Escola de Fuzileiros e a Base de Fuzileiros, e sete Unidades Operacionais: o Batalhão de Fuzileiros N.º1, o Batalhão de Fuzileiros N.º2, a Unidade de Meios de Desembarque, a Unidade de Polícia Naval, o Destacamento de Acções Especiais, a Companhia de Apoio de Fogos, e a Companhia de Apoio de Transportes Tácticos.
As linhas orientadoras do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, preconizam a existência no Sistema de Forças Nacional de capacidade de projecção de poder.

Uma Força-Tarefa de natureza anfíbia, caracterizada por grande flexibilidade, mobilidade, poder de combate, emprego do mar como bacia de manobra e com capacidade para projectar poder em terra, com o objectivo de defender o interesse Nacional atinge aquele desiderato. Incumbe ao Comando do Corpo de Fuzileiros garantir o treino e o aprontamento da componente de projecção de poder em terra desta Força. O Corpo de Fuzileiros, fazendo parte da componente operacional da Marinha, tem também um importante papel na execução de acções em apoio da política externa do Estado, nomeadamente de representação nacional e de demonstração de Força no estrangeiro.

Como Corpo de Forças Especiais, são-lhe incumbidas missões específicas, que obrigam a uma prontidão operacional permanente, razão pela qual os Fuzileiros têm um treino técnico-militar bastante especializado e exigente, nomeadamente:
·  Participar em operações anfíbias, conjuntas e/ou combinadas, integrando Forças nacionais, multinacionais ou NATO, na defesa do Território Nacional ou dos interesses Portugueses no estrangeiro.

· Colaborar em tarefas decorrentes de protocolos de cooperação bi ou multilateral, nomeadamente com os países lusófonos, no âmbito da cooperação técnico-militar.
·  Efectuar operações de assistência humanitária, protecção e/ou evacuação de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, bem como de manutenção, imposição e consolidação da paz, de forma autónoma ou integrando outras forças.
·  Colaborar em tarefas decorrentes do apoio a autoridades civis, mormente em situações de catástrofe, calamidade ou acidentes graves.
·  Efectuar ou colaborar em operações de combate ao tráfico de droga, pirataria marítima, contra terrorismo e crime organizado.
·  Colaborar com Forças dos outros ramos das Forças Armadas e Forças de Segurança.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fuzileiros





Historia
Os Fuzileiros datam do século XVII, mais precisamente e segundo as últimas investigações de 1621, com a designação de Terço da Armada da Coroa de Portugal, debaixo do domínio dos Espanhóis, Rei Filipe III de Espanha, II de Portugal. Em 1640, aquando da Restauração, passou a designar-se Terço da Armada Real do Mar Oceano, ou seja, a Guarda do Rei e a constituição de parte das guarnições dos navios da Armada Real.
Durante os séculos XVII, XVIII e XIV, respectivamente, este corpo de tropas foi evoluindo passando a chamar-se Regimento da Armada Real e Brigada Real de Marinha, que surge em 1797.
Entre 1800 e 1804, a Família Real sente-se ameaçada, pelas diversas acções levadas a cabo pelos Franceses e sob as ordens do Almirante Lord Nelson, e é obrigada a fugir para o Brasil levando com ela a Brigada Real de Marinha.
Em 1808, no Brasil, é formado então o Corpo de Fuzileiros Navais da Armada Brasileira.
Na transição do século XIX para o séc. XX, quando a Europa inicia o processo de afirmação colonial em África, e Portugal precisou de afirmar a presença nacional na sequência dos tratados de Berlim, face à maior capacidade militar de países como a França, Alemanha e Inglaterra, foram novamente os "Marinheiros do Fuzil", que integrando os Batalhões Expedicionários e as Companhias de Marinha, cumpriram as missões militares necessárias à afirmação de soberania, naquele continente. Até 1926, foram várias as organizações na Armada Portuguesa, finalmente em 1961, devido há guerra nas Colónias Portuguesas, no Ultramar, foi decidido recriar os Fuzileiros na Armada Portuguesa, sendo que foram enviados a Inglaterra uma equipa de instrutores (o Tenente Pascoal Rodrigues, o Sargento Claudino, o Cabo Piçarra e o 1º Marinheiro Santinhos), tirar o curso aos
Royal Marines Comandos.
Durante o período do esforço de guerra em Angola, Guiné e Moçambique, os Fuzileiros, conduziram acções de combate na selva, nos rios e no lodo, por montes e savanas, durante 14 anos. Além de numerosas condecorações individuais, os estandartes ostentam as mais altas distinções que testemunham a forma relevante como foram conduzidas as acções nos diversos teatros de operações. Em 1974, e dependendo directamente do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, foi criado o Comando do Corpo de Fuzileiros, com a missão de assegurar a preparação do pessoal, o treino e o aprontamento das Unidades e dos meios atribuídos.


 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sou  fuzileiro da 2º escola de 95, apesar de não estar no activo nunca deixei de ter orgulho por toda esta classe.
Sendo filho de fuzileiro tambem, o bichinho dos fuzos já me estava incutido desde que me conheço, pois, mesmo depois de o meu pai ter saido, os almoços de curso e os convivios de destacamento sempre foram algo que me marcaram.
No dia 14 de Agosto de 1995 começou a minha luta por algo que sempre sonhei, quando dei entrada na nossa casa mãe para fazer a recruta como voluntario para a classe de fuzileiro.
Foi duro, tanto a recruta como mais tarde o curso, mas aprendi que eramos todos uma enorme familia, que estavamos ali para nos ajudar uns aos outros, todos com o mesmo objectivo, a boina.
Dia 22 de Dezembro de 1995, o dia que todos esperavamos, a imposição de boinas, o dia em que deixamos de ser simples marinheiros e entramos para uma das maiores e mais antigas tropas de elite portuguesas,Os Fuzileiros.
Após a cerimonia, o meu pai chegou junto a mim e com um enorme abraço e de lágrimas nos olhos me disse," bem vido a familia, filho da escola".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010